Prestes a acabar o Brasileirão da Primeira Divisão, vem à tona o debate: a "entrega" de jogos por parte de um time, para prejudicar as pretensões de um rival.
Vamos colocar em termos lógicos: existem 2 times. A e B. Há uma extrema rivalidade entre ambos. Final de campeonato, A depende que B vença um adversário para ser campeão.
E aí? O que B fará? Perde de propósito? Ganha?
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Vamos ao caso concreto.
GP de Singapura. Nelsinho Piquet corre pela Renault. Entra em acordo com seu chefe para bater em uma curva e favorecer o seu companheiro de equipe, correndo o risco de se machucar, machucar outros, e prejudicar toda uma competição.
Havia uma rivalidade intrínseca? NÃO.
Havia uma real chance de o companheiro de equipe de Alonso ser campeão? NÃO.
O que estava em jogo, então? Uma simples renovação de contrato. Dinheiro, bufunfa, grana preta.
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Agora me perguntem. No futebol brasileiro, onde as paixões e rivalidades encontram seu grau máximo, além do dinheiro que é sabido que rola, o que se esperar?
Para mim, é mais do que óbvio, tanto fática, quanto logicamente, que haverá uma "tirada de pé".
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Resumindo: Na F-1, onde se estava em jogo só dinheiro, houve mutreta. Imaginem no Futebol Brasileiro, estando em jogo dinheiro, paixão, ódio, rivalidade...
Só imagino o que acontecerá com os jogadores que forem pegos com a "boca na botija".
O Nelsinho peleja até hoje para arranjar um emprego...
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Imbecilidade a atacado.
Cá estou eu de volta! E lá vem polêmica: a minissaia da garota da Uniban. Expulsa, desexpulsa, entra-se na Justiça, isso tudo.
Tem alguém certo nessa história? Não! Nem os alunos, que fizeram o que fizeram, nem a aluna, que se vestiu de maneira, ao meu ver imprópria. Nem a empresa comercial de ensino, que expulsou e desexpulsou.
Não vou me aprofundar muito nesse assunto, quero apenas lançar luz sobre outro ponto dessa confusão: qual a MORAL que tem a Justiça pra interferir nesse assunto? Explico minha pergunta.
Nas Intimações Judiciais (falando em bom português, na cartinha que o Juiz envia aos cidadãos para comparecerem ao Fórum), lê-se em em claras palavras: Comparecer com trajes compatíveis com o ambiente forense.
Quem não se lembra do caso do lavrador que foi impedido de comparecer a uma audiência por estar trajando nos seus pés uma Havaianas? Experimente entrar no Fórum de bermuda. É barrado na entrada.
Qual a moral que tem um Juiz para condenar um estabelecimento comercial de ensino que expulsa uma aluna por se trajar inadequadamente, se em seu ambiente de trabalho se exige certos "trajes"?
Na verdade, o grande e real problema que vejo é o nível de imbecilidade dos jovens que cresce a passo largos. Imbecilidade de ambos os lados. Imbecilidade pra todos os gostos. Imbecilidade vulgar. Imbecilidade hipócrita. Imbecilidade omissa. Imbecilidade ativa.
domingo, 1 de novembro de 2009
Dois pesos duas medidas. Sempre!
Voltando de uma pequena hibernação, decidi escrever algumas linhas... São tantos os pensamentos que desejo compartilhar, que decidi voltar com o Toque de Classe (sempre à espera das contribuições do grande Matheus).
E hoje falarei de um assunto muito interessante: Tratamentos Privilegiados.
Vejamos:
"Sérgio Marone: 'Fomos parados, revistados e tratados como bandidos"
Reclamação amparada pelo Autor de Novelas (!?!?) Walcyr Carrasco:
"Solidariedade total ao Sérgio Marone! A polícia não pode tratar o cidadão comum como criminoso! É uma violência!"
"Solidariedade total ao Sérgio Marone! A polícia não pode tratar o cidadão comum como criminoso! É uma violência!"
E o também ator, Bruno Gagliasso, engrossou o coro:
"Enquanto revistam cidadãos, metralhadoras entram nas comunidades e derrubam helicópteros".
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O que podemos retirar como conclusão dessas duas frases?
1: Autor de Novela é profissão?
2: Ator de Novela é especialista em Segurança Pública??
3: Existência de cidadãos de Primeira e Segunda Classe?
Para as três opiniões aqui colhidas, Sérgio Marone é um cidadão para todos os efeitos. Ator, branco, bonito, famoso, enfim, um "bom partido" como gostam de dizer as Novelas de Época.
Nunca, mas nunca MESMO, deve-se retirar o sossego e a tranquilidade de uma figura dessas. Afinal de contas, ele representa o máximo de sucesso da nossa Sociedade.
Doutra banda temos o desempregado, feio, não-branco, pobre e desconhecido. Esse é a "Treva" como diria Walcy Carrasco.
Agora, fazendo um exercício de imaginação inspirado pelo Gagliasso: qual dessas duas figuras teria mais chance de entrar com armas num morro? Vamos à cena:
Take 1:
Ator bem sucedido num Táxi. Bazucas no porta-malas. Blitz.
- Boa Noite, policial! Como está o senhor?
- Nooooooooooooooossa! Você é o Heath Ledger????
- Nooooooooooooooossa! Você é o Heath Ledger????
- Sou!
- Me dá um autógrafo! Sabe como é, pra minha filhinha...
- Claro, claro, taí. Obrigado!
- Sobe em paz!
Take 2:
Mendigo imundo dentro de um táxi. Remédios no porta-luvas. Filha doente. Alma caridosa que doa remédio e um táxi.
- Seu policial, estou levando remédio pra minha filha doente.
- Cala a boca que não falei com você, seu merda.
- Tem o que no porta-malas?
- Nada, seu policial. Só tô levando remédio pra minha filhinha.
'Barulho do 1º tapa'
- Desce do carro!
'Surra, surra e mais surra.'
***
Afinal de contas, tratamento diferenciado para cidadãos. Aliás, cidadão só o ator. O mendigo não é considerado cidadão, não é famosidades?
Dois pesos duas medidas. Sempre!
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